quarta-feira, 24 de março de 2010

E o que tem?

Hoje fui correr no parque, quando chego e começo a me alongar cai uma chuva torrencial!
Dou uma volta, fico que nem um pinto molhada e volto pra casa (devido à profissão não tenho muito direito de ficar doente nem de torcer o pé).

Bem, mas o ponto não é esse....

Chego em casa e me dá uma vontade louca de comer pinha.
Vale resaltar que aqui em casa sempre tem pinha, e justamente hoje, quando eu mais queria, abri a geladeira e nem uma pinhazinha pra contar história.

Em compensação havia muitos yakults.
Há um tempo atrás eu sempre queria, mas nunca tinha.
Hoje eu não quis.

Mania chata essa de querer o que não se pode ter!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Hoje o que? (ou Auto Estima)

Tive um ótimo Final de semana, e lembro que várias vezes pensei "poderia escrever sobre isso...", então, hoje de manhã no caminho do trabalho (vinte minutos de trânsito que tiro para pensar em tudo que farei durante o dia) tentei lembrar do que exatamente tinha me dado vontade de escrever...

pensa, pensa, pensa... e nada

Aí pensei em escrever sobre
Zé Cafofinho e sua dança da noite, ou talvez sobre dirigir no calor do recife, ou quem sabe sobre o Fim de Semana na praia reencontrando algumas pessoas e encontrando outras, ou sobre como é trabalhar para crianças...tenho bastante a falar sobre essas coisas, mas sabe quando você pensa "Não era bem isso..."

ah lembrei!! Tinha a ver com minha auto estima...

Normalmente me sinto muito bem comigo mesma, sempre fui muito tranqüila, ao ponto de ser até desleixada e algumas amigas me chamarem a atenção, mas nunca liguei muito pra isso. Claro que vez por outra rola uma crise, e eu achava normal ( é, não é?) Bem, acontece que essa minha crise estava durando muito (acho que tem a ver com essa coisa de trabalhar com a imagem) mas o fato é que estava me incomodando e muito!

Aí vem a melhora, era sexta-feira..aniversário de Recife e também de Wilson Freire (escritor, compositor, produtor, cineasta, que aconteceu de ser médico). Antes de ir para a comemoração da primeira, fui para a comemoração do segundo. Em sua festa Wilson resolveu juntar amigos para interpretarem partes de seu novo romance em forma de leitura ou música. Meu irmão se comprometeu em musicar, mas como se trata de uma protagonista mulher, Wilson queria que apenas mulheres cantassem - foi aí que meu irmão me jogou nessa história que eu acreditava ser a maior roubada.

Ensaiei horrores, mas tava nervosa, com vergonha, sabe?

Mas aí foi, tracei o perfil da personagem, embarquei nele e cantei.
Ao final as pessoas bateram muitas palmas, mas,
apesar de todos os elogios, sempre desconfiei de palmas. Acontece que quando o elogio vem de pessoas conhecidas pode ser por obrigação, gosto mesmo é de elogios vindos dos lugares mais inesperados soa mais bonito, mais sincero.

Até que chegou a melhor parte: ao final da festa a garçonete veio falar comigo e disse a seguinte frase "Ainda bem que eu vim trabalhar aqui, tive o privilégio de escutar a sua voz, obrigada"

Fiquei com vergonha de novo, mas agora uma “vergoinha” boa, fiquei foi feliz!

E é aí que vem Miró (o poeta) e pergunta pro meu irmão “Menino, ela saiu de onde, ein? Parece que tava voando num helicóptero ou numa espaçonave e resolveu descer hoje. Tem gente que é assim, parece que não anda...flutua”

Aí eu fiquei com aquela vergoinha boa de novo.

Bom, né?

Sinto que uma boa fase está se aproximando.

Bem é isso.


Mas juro que continuo com vontade de escrever sobre a Dança da Noite ("quando penso nela deito cada canto toma leito")

Deixemos isso para depois.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Por que a gente não aprende de vez?

"Tu me acostumbraste, a todas esas cosas
Y tu me enseñaste, que son maravillosas

Sutil llegaste a mi como una tentación
Llenando de inquietud mi corazón

Yo no yo no concebia como se quería
En tu mundo raro y por ti aprendí
Por eso me pregunto al ver que me olvidaste
Por que no me enseñaste cómo se vive sin ti"

Tu me acostumbraste

-Caetano Veloso


É impressionante como as pessoas entram na nossa vida, fazem um bem danado, depois vão embora (as vezes nem é por vontade própria) e bum! A gente pensa: Como é que eu vou viver sem?

Aí a gente tem aquela impressão de que todo o bem que a pessoa fez vira pro lado contrario e multiplica por dois!
O coração aperta, a saudade incomoda, as lembranças machucam... e a gente fica feito besta procurando outra coisa para botar no lugar!

Besteira!

Não acha!
as vezes até acha que acha...
mas não acha.

Acontece que ao invés de ficar nessa busca doida a gente tem é que aprender a conviver com aquilo de bom que a pessoa deixou na gente e seguir em frente.

essa frase é basicamente o que todas as pessoas que não estão vivendo a situação falam pra todas as pessoas que estão vivendo a situação.

falar é fácil fácil.



segunda-feira, 1 de março de 2010

Decidi voltar a escrever ou Zé Manoel

Bem,
estou de volta!
(talvez eu fale sobre esse meu afastamento um dia, talvez não)

Do final de 2009 para cá tenho andado um tanto quanto sensível (motivos talvez sejam explicados, talvez não, quem sabe depois?)

Bem, exatamente neste momento, conheci a música do pernambucano Zé Manoel.

Juro que não acreditei no que ouvi.

Voz, melodia, conteúdo...tudo era tão perfeito, tão pensado e ao mesmo tempo tão natural, que me fez chorar (várias vezes diga-se de passagem).
As músicas, que vão do samba à valsa, são conduzidas direto dos ouvidos, que captam, para o coração, que se conforta, sofre, se angustia, se alivia, enfim... se emociona.

Mesmo sendo "Acabou-se assim" a minha preferida dentre as que estão em seu EP, é na "Valsa da ilusão" que encontro o verso que mais me agrada: "Acordei de braços com o papel, eu quis compor uma canção pra nós...", sabe quando você conhece algo ou alguém e de repente vem aquela vontade louca de fazer um texto, uma música, um filme ou um quadro sobre aquilo?

Acho que esse verso resume o que senti ao escutá-lo.

permitam-se vocês também.

(http://www.myspace.com/zemanoel)