segunda-feira, 15 de março de 2010

Hoje o que? (ou Auto Estima)

Tive um ótimo Final de semana, e lembro que várias vezes pensei "poderia escrever sobre isso...", então, hoje de manhã no caminho do trabalho (vinte minutos de trânsito que tiro para pensar em tudo que farei durante o dia) tentei lembrar do que exatamente tinha me dado vontade de escrever...

pensa, pensa, pensa... e nada

Aí pensei em escrever sobre
Zé Cafofinho e sua dança da noite, ou talvez sobre dirigir no calor do recife, ou quem sabe sobre o Fim de Semana na praia reencontrando algumas pessoas e encontrando outras, ou sobre como é trabalhar para crianças...tenho bastante a falar sobre essas coisas, mas sabe quando você pensa "Não era bem isso..."

ah lembrei!! Tinha a ver com minha auto estima...

Normalmente me sinto muito bem comigo mesma, sempre fui muito tranqüila, ao ponto de ser até desleixada e algumas amigas me chamarem a atenção, mas nunca liguei muito pra isso. Claro que vez por outra rola uma crise, e eu achava normal ( é, não é?) Bem, acontece que essa minha crise estava durando muito (acho que tem a ver com essa coisa de trabalhar com a imagem) mas o fato é que estava me incomodando e muito!

Aí vem a melhora, era sexta-feira..aniversário de Recife e também de Wilson Freire (escritor, compositor, produtor, cineasta, que aconteceu de ser médico). Antes de ir para a comemoração da primeira, fui para a comemoração do segundo. Em sua festa Wilson resolveu juntar amigos para interpretarem partes de seu novo romance em forma de leitura ou música. Meu irmão se comprometeu em musicar, mas como se trata de uma protagonista mulher, Wilson queria que apenas mulheres cantassem - foi aí que meu irmão me jogou nessa história que eu acreditava ser a maior roubada.

Ensaiei horrores, mas tava nervosa, com vergonha, sabe?

Mas aí foi, tracei o perfil da personagem, embarquei nele e cantei.
Ao final as pessoas bateram muitas palmas, mas,
apesar de todos os elogios, sempre desconfiei de palmas. Acontece que quando o elogio vem de pessoas conhecidas pode ser por obrigação, gosto mesmo é de elogios vindos dos lugares mais inesperados soa mais bonito, mais sincero.

Até que chegou a melhor parte: ao final da festa a garçonete veio falar comigo e disse a seguinte frase "Ainda bem que eu vim trabalhar aqui, tive o privilégio de escutar a sua voz, obrigada"

Fiquei com vergonha de novo, mas agora uma “vergoinha” boa, fiquei foi feliz!

E é aí que vem Miró (o poeta) e pergunta pro meu irmão “Menino, ela saiu de onde, ein? Parece que tava voando num helicóptero ou numa espaçonave e resolveu descer hoje. Tem gente que é assim, parece que não anda...flutua”

Aí eu fiquei com aquela vergoinha boa de novo.

Bom, né?

Sinto que uma boa fase está se aproximando.

Bem é isso.


Mas juro que continuo com vontade de escrever sobre a Dança da Noite ("quando penso nela deito cada canto toma leito")

Deixemos isso para depois.

5 comentários:

Clareana Arôxa disse...

Eu concordo com Miró, você flutua!

Camila disse...

Mas o melhor foi: "Esse vetido!? Comprou na hora!" hahahahahaha Tava linda mesmo, cantando, sorrindo, interpretando...

Unknown disse...

minha artista (L)
orgulho em tom maior sempre! Ah, aproveita o Riozinho pra mim... que inveja, meu senhor :)

Jaya Magalhães disse...

Ô, Amanda! Sei demais o que é isso de ficar com ideias na cabeça mas sem saber por onde começar a colocar pra fora. O bom é quando explode, né?

Eu gostei de ler tua história. Fechei os olhos para tentar imaginar tua apresentação e sorri. Porque eu fiz uma pintura colorida e, ao ler o comentário que diz que você flutua, sei que fantasiei do jeito certo. (:

Aguardo a dança da noite.

Beijoca.

P.S.: Lendo um dos posts anteriores, te vi falando de Zé Mano. Clarinha me mostrou ano passado o trabalho dele e eu passei a noite dançando agarrada com as músicas. "Acordei de braços com o papel". É lindo, lindo.

Rebeca disse...

Manda, que lindo!!! nunca tinha entrado no teu blog... engraçado que depois do congresso de arquitetura que teve aqui fiquei me sentindo um pouco culpada sabe, pq teve um palestrante que eu achei o máximo que tava sozinho num canto sem ter ninguem pra conversar, e eu tava doida pra dizer que tinha achado ele o máximo, que tinha adorado as idéias dele e não fui falar pq tava com vergonha e com medo de incomodar... depois de te ler falando que acha bom o elogio inesperado, pensei mais uma vez que eu fui muito besta, mas fica a lição...
Saudade prima.
Bjosss
Rebeca Ximenes